Figueiredo, general da ditadura, sai do poder numa eleicao na assembleia onde Tancredo, da oposição, derrota Maluf. Nenhum santo, a vitória se deu porque a classe política tava de saco cheio de ser vigiada pelos milicos, queria sossego pra roubar em paz. Elegeu um cara que morreu antes de assumir virando mártir, se ele seria um presidente bom ou ruim, so Deus sabe. Assume então Sarney, uma maravilha, afundou o país como pôde, meteu a mão de tudo o que foi de jeito roubou como deu. Sai do governo e na primeira eleição direta, chegamos a um segundo turno com Collor e Lula. São Paulo sempre rejeitou Lula com todas as suas forcas, assim como faz com a esquerda de uma forma geral, talvez pelo estado ser regido pela iniciativa privada, que em governos de esquerda perde uma considerável fatia de poder. Por outro lado o país como um todo, recem saido de uma ditadura militar de direita, não estava preparado pra ter como presidente um sapo barbudo comunista e comedor de criançinha. Deu Collor na cabeça. O Playboy assumiu, inflou o seu ego a níveis insustentáveis até mesmo pelos seus aliados e com sua arrogância e prepotência foi destruindo sua base de sustentação. O Coitado do povão acha até hoje que o que derrubou o presidente mauricinho, como diria o Lobão, foram os cara pintadas. Porra nenhuma, foi uma armadilha dos setores de poder do país, muito bem armada e disfarçada de escândalo de corrupção, como se isso derrubasse presidente por aqui. Assume Itamar Franco, um doido brigão, o país continua na merda, mas um lampejo de lucidez (ou simplesmente um acerto na base da tentativa e erro) fez com que o topetudo comprasse o pacotão do seu então ministro FHC. Após inúmeros planos e pacotes desastrosos, chega o plano real. A inflação acaba, o dolar se iguala, o povo tem um aumento do poder de compra absurdo, e povo comprando é povo feliz. FHC assume a presidência pra um mandato de 8 anos.
Chegamos a segunda etapa da historinha, FHC faz um bom governo, organiza a economia, reestrutura a indústria nacional sucateada pelo protecionismo dos milicos e destruida pela abertura irresponsável do mauricinho que só queria poder comprar carro importado barato, e segue o seu governo. Privatiza meio mundo já que o mundo inteiro era estatal, algumas coisa pro bem outras pro mal. Mas em sua maioria as ruins não foram culpa exclusiva do governo e sim da classe política do país de uma forma geral, que deu uma de cartola de time vendendo jogador por exterior. Prato cheio pra esquerda oposicionista que até então sempre foi um calo no pé de qualquer governante, chata pra cacete, implicando com tudo, insatisfeita com tudo, dificultando a vida de todo mundo e arrotando pra quem quiser ouvir que só ela prestava. Não foi o suficiente, e o FHC continuou em frente. Depois dos seus 2 mandatos tava tão de saco cheio que sumiu da cena politica. (mas não sem antes soltar uma frase genial que segue mais à frente no texto)
Chegamos em Lula vs. Serra. Engraçado, o sapo barbudo comunista comedor de criancinha, depois de perder 3 eleições seguidas, apara a barba, corta o cabelo, e diz pra todo mundo, nao tenham medo de mim que eu sou legal. Serra, apesar de administrador competente, é antipático pra cacete, chato e nao é nem um pouco fotogênico como Collor ou FHC. Dá Lulinha paz e amor na cabeça. FHC solta então a seguinte frase "O povo brasileiro votou em Lula pois o viu como símbolo de mudança, só não sabe que mudança é essa." E foi simbora pra Paris sumindo do mapa político do país e não voltando mais. Lula assume, faz alianças (revoltando toda a ala radical de esquerda do país), quita a dívida (revoltando mais ainda a ala radical de esquerda), restaura o parte do poder do estado, fazendo o país crescer, triplica o valor do salário mínimo comparado ao dólar. Mas deixa muita, mas muita gente de poder puta da vida. E vem então pra tentar sua reeleição contra o Alckmin, neguinho bom de governo apesar de discreto e ter cara de banana, tem o trunfo de ter sido um bom governador no estado onde o Lula sempre toma couro. Chegamos enfim ao presente.
segunda-feira, outubro 09, 2006
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